Todo mundo pode completar 65 anos. Uns conseguem, outros não têm a mesma sorte. Completar 65 tem seus encantos, mas também pode ser um turbilhão de vazios se não compreendermos os propósitos da nossa vida.
Estou chegando a eles. Agradeço a Deus pela dádiva recebida, principalmente por ser cercado de boas-venturanças, família nota dez, uma grande legião de amigos, alguns desafetos, não por minha escolha, mas por escolhas e interpretações errôneas deles. Ah! Mas são poucos diante do rol de boas amizades. Não representam nada em minha vida.
Chego aos 65. Estou mirando os 130. Isso porque a vida é maravilhosa do jeito que escolhi para viver, procurando as coisas certas, pois elas existem. Escolhi certo os meus amigos. Escolhi certo a mulher maravilhosamente linda em todos os aspectos, e com quem construí a minha família. Continua escolhendo a dedo os meus pares. Quero acertar sempre. Quero continuar seletivo em minhas escolhas, cujo rigor da primazia não abro mão. Sim, porque as nossas escolhas determinam os rumos da nossa existência material. Que não fique a impressão de que as minhas escolhas tenham caráter segregativo. Nada disso. A seletividade na escolha decorre da necessidade de um aprimoramento humano e espiritual, que nos traga a serenidade diante dos desafios da vida.
Chego aos 65 anos com relativa saúde e considerável bom humor. A descontar, algumas dorezinhas próprias de um corpo que já não goza dos privilégios da juventude.
Nesse percurso permitido pelo Nosso Senhor, a exemplo de todos, temos vivenciado muitas coisas. O tempo vai escrevendo a nossa história com os detalhes que ficam para sempre, numa ordem cronológica e que não se apaga.
Chego aos 65 anos errando mais do que acertando. O erro é parte integrante do aprendizado na vida. Sempre tirei lições das burradas. Em compensação brindei os acertos em companhia dos meus.
Chego aos 65 abraçando a todos os amigos e familiares, na certeza de que cada um deles é muito importante na continuidade do meu caráter.