“Ensina a criança o caminho que deve andar e ainda quando for velho, não se desviará dele”- Provérbios 22-6.
Para muitos, um bom projeto de vida é aquele em que o sucesso profissional está atrelado a uma educação que vincula o êxito única e exclusivamente ao intelecto. Tem gente até que defende ser o intercâmbio cultural pré-requisito infalível para o desenvolvimento e o sucesso profissional;
Para alguns, a origem da violência é a condição a que é submetida à camada menos favorecida da nossa sociedade;
Para outros, ainda há uma saída para a crise da falta de ética e de caráter dos entes públicos responsáveis pela administração do País.
Os que pensam de acordo com as colocações supracitadas têm relativa razão. Digo relativa porque as três condições acostadas são bastante pertinentes. As três situações abordadas são ingredientes eficazes no desenvolvimento dos assuntos, mas não são únicas.
Agora, somada aos postulados supra, a preocupação em desenvolver na criança, desde os primeiros passos da vida, uma conduta de respeito ao semelhante, à natureza, brandura no coração, amor fraterno, ética, deve ser a tônica dos adultos responsáveis pela condução da criança a uma convivência de qualidade.
Hoje, testemunhamos infelizmente que os valores da educação humana foram trocados de maneira despercebida até, mas que trazem prejuízos incalculáveis na formação do caráter de cada indivíduo. Presenciamos enfraquecidos, pois somos impotentes para agir nestas questões, uma verdadeira exposição de ideias quanto à melhor maneira de se educar filhos, como se existisse um manual que nos oriente nesse sentido. Ninguém tem a fórmula mágica. Alguns que norteiam a sua atuação na ética, nos bons costumes, na honestidade e no amor ao próximo, aproximam-se da melhor fórmula. Por outro lado, há os de pensamentos desenfreados que submetem as crianças a uma avalanche de conceitos modernos, que, no meu entendimento, a criança ainda não tem o discernimento para entender. Existem ainda os pais “moderninhos” que deixam os filhos entregues aos destinos da vida, como se esquivando de multiplicar as orientações que receberam dos seus pais, muitas vezes por acharem que os ensinamentos que receberam estão ultrapassados. Tenho a coragem de afirmar: “qualquer ensinamento baseado no respeito, na ética e nos bons consumes não tem prazo de validade, não prescreve, é vitalício”.
O desenvolvimento do conceito de amor que devemos desenvolver nas crianças é por demais salutar e imperioso para a formação de uma personalidade positiva. “O amor é a sublime expressão da alma”. Com esse pensamento, o escritor Paiva Neto, defende o amor como o remédio para todos os males. Eu me acosto a esse pensamento, por entender que temos enorme responsabilidade na formação da personalidade dos nossos filhos. Podemos até não conseguir algo positivo, mas temos a obrigação de tentar, afinal não perdemos nada em tentar.
Hoje, o “mundo é um moinho” Somos expostos a toda sorte de conduta, umas boas, outras nem tanto. Não ditamos as normas, submetemo-nos a elas. Aí cabe o nosso empenho em procurar o melhor para repassarmos a quem queremos bem.
“A estabilidade do mundo começa no coração da criança” é uma frase extraída do livro JESUS, A DOR E A ORIGEM DE SUA AUTORIDADE, do escritor Paiva Neto, dirigente maior da Legião da Boa Vontade – LBV, o qual recomendo sua leitura por aqueles que gostam do gênero. Por concordar plenamente com o enunciado é que decidi desenvolver o meu Ponto de Vista seguindo essa ideia e procurando interpretar alguns aspectos da personalidade humana. É preciso disseminar a cultura da bondade, do bom caráter e do amor fraternos desde o início, aos primeiros passos de nossas crianças. Tudo isso sem alienação e tentativa de impor paradigmas arraigados em nossos aspectos culturais e humanos.