Em cerimônia realizada na noite da última quarta-feira (21), a Academia Sapeense de Letras, arte e Cultura – Aslac empossou e diplomou 15 membros acadêmicos fundadores da entidade.
Dentre os homenageados, Manuel Batista entra para a história como o primeiro mariense a integrar a Academia na condição de membro fundador e receber o Título de “Imortal”, passando a ocupar a cadeira de número 15 que tem como patrono Antônio Alves Pequeno, mais conhecido como “Antônio do Babau”. Manuel Batista também ocupa o cargo de vice-presidente da Aslac.
A Cerimônia também foi prestigiada pelo Prefeito de Mari, Antônio Gomes, o qual foi responsável pela entrega do Diploma de Membro Efetivo de Acadêmico e a Comenda do Mérito Cultural “Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos” ao homenageado, que teve como padrinho seu irmão Severino Batista.
Manuel Batista foi nomeado recentemente para exercer o cargo de Secretário de Cultura e Esportes do Município de Mari, e traz consigo uma trajetória de vasto conhecimento.
Natural de Mari-PB, filho de Gonçala Batista da Silva e Batista José da Silva (In memorian), Manuel Batista, ainda criança já demonstrava o gosto pela cultura, quando, juntamente com o seu irmão mais velho, Severino Batista, transformava a sombra de um pé de laranja existente no quintal de casa, num picadeiro de circo, onde ambos eram artistas e público.
Com apenas o Primeiro grau concluído, Manuel Batista tornou-se autodidata, fazendo da vida sua maior faculdade, onde bebeu em fontes diversas do conhecimento. Também participou de vários cursos, capacitações e eventos.
ANTÔNIO ALVES PEQUENO (Antônio do Babau)
Antônio Alves Pequeno “Antônio do Babau”, nasceu em Pernambuco em 18 de junho de 1917, veio morar na Paraíba aos oito anos de idade. Foi agricultor e artesão (louceiro e entalhador, fabricando os bonecos de seu espetáculo), Filho de Tertuliano Alves Pequeno e Felisbela Maria Joaquina da Conceição, iniciou o trabalho com bonecos em 1937, após ter assistido espetáculo desde a infância e aprendido “a arte vendo os outros brincar”. Conheceu Celestino, em 1932, titereteiro residente em Sapé (PB) e, em 1937, lembrou-se de seus espetáculos, confeccionou alguns bonecos e começou a brincar. Participou como contramestre de cavalo marinho. Outras peças: “Capitão João Bondade” e “História do velho Fruncho”.
Antônio do Babau, além de ter influenciado muitos bonequeiros na sua região, também foi o mestre de Carlinhos do Babau, bonequeiro goiano residente na época em Brasília. Antônio do Babau era considerado um grande construtor de bonecos, com uma forma bastante pessoal de modelar e pintar suas figuras. Além disso, era famoso na região como um bom brincante. Outras linhagens de mestres foram registradas na Paraíba, indicando brincantes a partir da década de 1960.
Da Redação do ExpressoPB