No Brasil o que mais vemos falar é da crise atual. Estamos em outubro de 2016. Mas qual crise se fala tanto? antes de falarmos da crise ou das crises, vamos defini-la. Crise pode ser definida de várias formas. No campo da psicologia, o conceito de crise é explicado como toda situação de MUDANÇA a nível biológico, psicológico ou social, que exige do ser humano ou do grupo, um esforço maior para manter o equilíbrio ou estabilidade emocional. Aqui ocorre momentos de ruptura na sua homeostase psíquica, ou seja, na capacidade do organismo de apresentar uma situação físico-química característica e constante, dentro de determinados limites, levando a perda dos elementos estabilizadores habituais. Assim, definimos crise como a fase da perda, que coloca em risco a estabilidade da pessoa ou grupo. Mas falamos da crise moral, da crise econômica, da crise social. Há várias nuances dessa crise. Todavia, a crise que se fala no Brasil de hoje limita-se a moral e econômica. Tudo tem sido dito e feito em nome de uma crise econômica e assim os mais pobres são os sacrificados. Veja o exemplo da PEC da redução dos gastos, a quem mais vai atingir? Vão cortar recursos de onde? da saúde, da educação, da área social Maldade de um governo que trasviou o sentido administrativo e desmoralizou a coisa pública em favor de alguns que se locupletaram com rios de dinheiro em detrimento das obras e ações sociais. Toda crise é provocada. O ser humano é uma fábrica de fazer problemas. Todos os dias criamos problemas para nós mesmos resolvermos. isso não pode, precisamos nos afastar dessa crise. Para os pensadores a crise sempre existiu, existirá e sempre será o caminho para o crescimento. “Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar ‘superado’. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência… Sem crise não há desafios; sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um…”, disse um dos maiores físicos da humanidade Albert Einstein. Verdade pura, pois os momentos de crise geram mudanças, oportunidades para novos voos, nos tirando do comodismo que achamos bom. “Os momentos de crise suscitam um redobrar de vida nos homens”, disse François Chateaubriand. Assim, toda crise é passageira, trazendo mudanças que não conseguimos compreender. A crise pessoal, a crise psicológica, a crise econômica e a crise mentirosa, que não existe, precisam ser desmitificadas e combatidas com garra, criatividade, firmeza e coragem. No Brasil vivemos uma crise mais moral do que econômica. A corrupção tem sido o pilar da vida daqueles que se dizem nossos representantes.
Josa, é professor, multimídia e jornalista.