O mundo torce para que o ditado popular se concretize diante da vitória apocalíptica de Donaldo Tramp. Ela contrariou as pesquisas e estabeleceu um novo cenário político-econômico para o mundo. Ele inverteu a lógica: venceu o politicamente incorreto. O imponderável aconteceu.
O que vem por aí ninguém sabe. O Brasil tem muito interesse em saber, pois é o seu segundo parceiro comercial e a se concretizar o pensamento do magnata de colocar freis nas relações comerciais com o mundo, estaremos seriamente ameaçados, pois temos uma relação de negócios muito estável com os EUA, somente abaixo da China.
Se o mundo corre perigo, diante da percepção de alguns de um louco insano, fica difícil avaliar, porém tem um ingrediente muito forte e que nos preocupa: o amor declarado pelo Putin, o presidente da Rússia. Essas duas potências unidas se constituem em um forte grupo para assuntos bélicos.
No campo das relações interpessoais a coisa também não é nada animadora. Com a ideia de supremacia da raça, matiz do pensamento nazista, o novo presidente eleito, fez promessas intrigantes sobre a violação das fronteiras norte-americana. Construir um muro para impedir imigrantes é uma providência medieval que seria cômica se não fosse trágica. O mundo não aceita mais isso.
O estado islâmico, grupo terrorista que tem horrorizado o mundo, notadamente na Europa, estaria com os dias contados na intenção do bonachão norte-americano. Será tão fácil assim? Guerra contra os muçulmanos em geral. Estaríamos vivenciando uma nova versão do ideal nazista, que babava de ódio contra um povo e colocou em prática o seu diabólico plano de dizimação de uma raça? Sinceramente vejo muita semelhança.
O mundo pirou! O inacreditável já não é mais. Parece que diante de tantas tentativas sem sucesso de um orbe de paz e fraternidade, os cidadãos do americanos estão apostando no “diabo” como um pêndulo de esperança. No caso das eleições americanas, vencidas pelo republicano “diabólico”, acho que houve o fator preponderante para a vitória: “a sua concorrente era pior que ele” ou o povo americano é muito burro além de patriota ao extremo. O povo americano optou pela mudança, mesmo que ela represente um retrocesso em todas as ações.
As ideias do presidente eleito são o retrocesso escancarado. Mesmo assim optou-se enveredar pelo caminho do arcaico e do politicamente incorreto, abraçando-se o discurso sectário, próprio do pensamento de extrema direita. Aliás, por aqui pelas nossas bandas, temos um senhor com o mesmo perfil. Não vou precisar dizer o nome da fera. Você, meu amigo leitor, é uma pessoa inteligente e já captou no ar.
Quem rejeitava o modelo bolivariano que se instalou em alguns países latinos agora tem que conviver (ou não) com o estilo “trumpiano”, que tem certo um amargor dos ideais fascistas, marca da extrema direita ultraconservadora, com muitos adeptos, infelizmente. Estamos indo na contramão do aperfeiçoamento humano, quando defendemos a xenofobia, a segregação, o sectarismo, a misoginia, a homofobia e outros posicionamentos mesquinhos desagregadores e desumanos, sob o prisma religioso e idealista exacerbado.
As redes sociais, novamente, aparecem como uma bela vitrine de posicionamentos. Pena que alguns já ensaiam os xingamentos e ofensas, quando há divergência de pensamento. Não tem jeito, somos intolerantes por natureza.
Não há prognósticos. Tudo que falarmos que vai acontecer é fruto da nossa capacidade de aplicar o “achômetro” em quase tudo. Tudo dependerá de que o Trump mantenha o perfil enganador da maioria dos políticos, que prometem os maiores absurdos para conseguirem seus intentos. Ai, descumprindo as promessas que ele fez, estaria agindo humanamente correto e aí teremos uma chance de dar certo. Senão, vamos ter de torcer muito para que o mal não supere o bem. Ele usou a estratégia errada e ganhou os bobos da corte. Vamos aguardar o desfecho. “Cão que ladra não morde”. Ele não é louco. Usou a “loucura” para chegar lá e se deu bem. Já vi esse filme antes. Você também já viu.