Diante dos impasses envolvendo lideranças tucanas na Paraíba, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que publicamente já se colocou como mediador entre o prefeito da Capital, Luciano Cartaxo (PSD), e o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), minimizou as polêmicas envolvendo o presidente da legenda no Estado, Ruy Carneiro.
Cartaxo, tido como pré-candidato das oposições, e Romero, que quer se lançar também ao Governo do Estado, vêm causando dor de cabeça por causa da disputa de atenção de Carneiro que, segundo Romero, acompanha o prefeito da Capital em diversas agendas, mas não dá o mesmo tratamento para ele.
Em entrevista nesta quinta-feira (27), Cássio lamentou a publicização dos conflitos, mas assegurou a legenda a Romero Rodrigues, caso ele venha mesmo ser candidato no próximo ano.
“É mais um desencontro de agenda. Já conversei com Ruy e vou falar com Romero pra tentar dar um freio de arrumação nisso. Não é bom para o partido que isso aconteça. Divergências existem, mas precisam ser tratadas internamente. Romero é percussor do partido antes mesmo de mim e o PSDB não vai negar legenda a ele”, garantiu Cássio. As informações são do Paraibaonline.
Saída do PSDB
Dias atrás, em entrevista a uma emissora de rádio de João Pessoa, o prefeito Romero Rodrigues não descartou nem mesmo a hipótese de deixar o PSDB se houver choque entre suas pretensões e a posição da cúpula do partido.
“Eu posso deixar o partido em algumas circunstâncias. Por exemplo: se o partido passar a pensar diferente do que eu penso”, emendou Rodrigues, lembrando que é extremamente partidário mas que são as pessoas que fazem os partidos e, como tal, devem ser valorizadas. “A política, muitas vezes, deve ser feita dissociada de sentimento partidário, pensando em fazer o bem às pessoas”, teorizou o alcaide campinense.
Ainda na entrevista, Romero chamou a atenção para as mudanças que estão se processando com velocidade de um modo geral. Lembrou que é filiado ao PSDB desde o primeiro mandato como vereador de Campina Grande em 1992, quando ainda nem eram agregados à legenda, no plano nacional, políticos como Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso.
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