No dia seguinte à renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Presidência da Câmara, já surgem mais de dez nomes como possíveis candidatos à sua sucessão. Esta sexta-feira (8) tem sido de grandes articulações e alianças para a definição dos nomes, que deverão ser votados na próxima quinta-feira (14).
O líder do PSD Rogério Rosso surge como nome mais cotado. Alinhado ao centrão, ele contaria ainda com a preferência do Planalto.
Contudo, as bancadas de deputados do PT, do PSDB, do PSB e do Psol formaram uma aliança informal para encontrar um candidato de consenso para a Presidência da Câmara e barrar a candidatura de Rogério Rosso, visto como aliado de Cunha.
O deputado Rodrigo Maia (DEM) também estaria na disputa pela presidência da Casa. Suas ligações familiares com o secretário-executivo do Programa de Parceria em Investimentos, Moreira Franco, um dos homens de confiança do presidente interino Michel Temer (Maia é casado com Patrícia Vasconcellos, enteada de Moreira Franco), também o deixam próximo ao Planalto.
O deputado Carlos Manato (Solidariedade-ES) já registrou candidatura nesta sexta-feira (8). Após a renúncia de Cunha, os deputados Fausto Pinato (PP-SP) e Carlos Henrique Gaguim (PTN-TO) também entraram oficialmente na disputa.
Também estariam se candidatando, ainda não oficialmente, Fernando Giacobo (PR), José Carlos Aleluia (DEM), Beto Mansur (PRB), Julio Delgado (PSB), Cristiane Brasil (PTB), Marcelo Castro (PMDB), Antonio Imbassahy (PSDB) e Osmar Serraglio (PMDB).
Data
A data da escolha do novo presidente da Câmara dos Deputados voltou a ser 14 de julho, diferentemente do que foi anunciado pelo Colégio de Líderes no fim do dia de ontem. A quinta-feira (14) foi a escolha do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), no início da tarde, antes das lideranças se reunirem pouco tempo depois que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciou que estava deixando o cargo. No encontro, os líderes anteciparam para terça-feira (12) a definição do presidente para o mandato tampão. “Já tinha tomado a decisão de fazer na quinta e assim será”, reiterou hoje, Waldir Maranhão.
A decisão dos líderes criou impasse sobre a data, mas também acabou provocando a exoneração do Secretário Geral da Mesa (SGM) da Câmara, Silvio Avelino, que participou da conversa entre os parlamentares e acabou sofrendo retaliação por isso. Funcionário da Casa, Avelino que já comandou por 15 anos o Departamento de Comissões da Câmara, chegou à SGM com a eleição de Cunha. Maranhão não respondeu se já tem um novo nome. Avelino explicou que foi chamado no começo da manhã na sala do presidente para ouvir a decisão.
Jornal do Brasil