Os postos de combustíveis do país já receberam das distribuidoras o repasse do aumento do PIS e Cofins nos preços, informou nesta sexta-feira (21) o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Gouveia. O aumento foi anunciado na véspera pelo governo.
A alíquota de PIS e Cofins ficou mais alta para a gasolina, o etanol e o diesel. No caso da gasolina, a tributação mais que dobrou, passando de R$ 0,38 para R$ 0,79 por litro. Se a alta for repassada na íntegra para o consumidor, o litro da gasolina deverá ficar R$ 0,41 mais caro no paí
A decisão sobre o repasse ao consumidor final, contudo, é de cada posto de combustível. Considerando a Cide, que é de R$ 0,10 por litro, os impostos sobre a gasolina devem custar aos motoristas R$ 0,89 para cada litro
Por volta das 10h, um posto Shell na avenida Luís Carlos Berrini, na Zona Sul de São Paulo, mudou o valor do preço da gasolina e do etanol nas faixas de anúncio para R$ 3,39 e R$2,39, respectivamente. Apesar da alteração na faixa, o G1 presenciou que os preços na bomba permaneciam os antigos, R$ 0,40 mais baratos: R$ 2,99 para gasolina e R$ 2,099 para etanol.
“Vai ter posto com estoque baixo que subirá os preços de imediato, enquanto outros tentarão segurar um pouco, porque o mercado está muito competitivo”, afirma Gouveia, acrescentando que os R$ 0,41 de aumento “assustaram” o setor, que esperava uma elevação na faixa de R$ 0,10.
Na avaliação do presidente do Sincopetro, o aumento deve desaquecer o consumo nos postos. “O mercado já estava fraco e, diante dessa elevação, a expectativa é de uma queda ainda maior nas vendas”.
Procurado, o Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes) não se posicionou sobre o aumento até a última atualização desta notícia
O G1 entrou em contato com a Petrobras e com a União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica), que representa os produtores de etanol, e aguarda posicionamento.
Fonte: G1