O acidente com avião da TAM que deixou 199 mortos em 2007 fez a comunidade ligada à aviação civil no país ter maior preocupação com o Aeroporto de Congonhas, encravado na Zona Sul de São Paulo e palco da tragédia. Naquele 17 de julho, um Airbus A-320 da companhia aérea atravessou a pista de pouso de Congonhas sem frear e colidiu com um prédio da TAM, localizado do outro lado da Avenida Washington Luis.
Nos últimos 10 anos, a Infraero, empresa pública federal que administra os aeroportos do país, a Aeronáutica, que controla o espaço aéreo, e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), responsável por fiscalizar e padronizar as normas da aviação civil, fizeram uma série de remodelações na infraestrutrura aeroportuária do terminal.
Os órgãos ressaltam que as mudanças não ocorreram por causa do acidente e que foram tomadas para a melhoria do tráfego aéreo no terminal, que fecha diariamente das 23h às 6h. Em 2016, segundo o site da Infraero, 20,8 milhões de passageiros passaram pelo aeroporto – mais do que a capacidade de Congonhas, que é de 17,1 milhões de passageiros por ano.
Na época do acidente, apesar de o Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, já ser o maior do país, Congonhas liderava o ranking de aeroportos brasileiros no quesito tráfego de passageiros do mercado doméstico, segundo dados da Anac e da Infraero. Guarulhos superava devido ao maior fluxo de passageiros e de voos internacionais.
Em 2008, um ano após a tragédia, o G1 divulgou que o Aeroporto de Congonhas perdeu mais de 2 milhões de passageiros (20,78% do total anterior), quando se comparava o primeiro trimestre daquele ano em relação com o mesmo período de 2007, antes da tragédia.
O movimento de aeronaves caiu 13,69% no ano posterior ao do acidente, em especial devido às restrições impostas pela Anac, que restringiu o número de aeronaves de aviação comercial no aeroporto de 40 para 30 por hora.
Fonte: G1