O segundo vice-presidente da Câmara, Fernando Giacobo (PR-PR), formalizou nesta segunda-feira (17) sua candidatura para suceder o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados. Giacobo foi o sétimo parlamentar a registrar participação na eleição (veja no final desta reportagem a lista com os que já anunciaram candidatura). A eleição deve acontecer na próxima quarta-feira (13).
Como segundo vice-presidente da Câmara, Giacobo chegou a presidir sessões durante o afastamento de Eduardo Cunha e na ausência do vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA). Ele é conhecido na Casa por ter sido premiado 12 vezes na loteria em apenas um ano. Na época, ele não era deputado.
A assessoria do Partido da República (PR) afirma que o parlamentar ganhou na loteria esportiva em 1997, jogando em bolões com amigos. “Ele recebeu R$ 123 mil da parte que lhe coube no prêmio, conforme consta da declaração do Imposto de Renda. Ele não foi premiado em outros concursos”, diz o texto.
Fernando Lúcio Giacobo nasceu em Pato Branco (PR) em 1970. Em 1988, tornou-se empresário do ramo de móveis e eletrodomésticos e, depois, do ramo automotivo.
Rosso explicou que tem o aval da bancada do partido na Câmara e o apoio da família, mas, como preferiu esperar pelas definições das regras da eleição, ainda não registrou oficialmente a sua candidatura.
“Assim que as regras das eleições estiverem definidas, vamos registrar a nossa candidatura. Não por vontade própria, mas, sim, de um conjunto de parlamentares do meu partido, que entendemos que eu reuniria o perfil”, disse o deputado.
Ele é aliado próximo de Cunha e um dos parlamentares mais influentes do chamado “Centrão”, bloco que reúne os partidos de centro-direita da Casa. Neste ano, o nome de Rosso ganhou peso na Câmara após ele ter presidido a comissão especial do impeachment que analisou o afastamento de Dilma Rousseff.
Além deles, três deputados anunciaram que irão concorrer mas ainda não oficializaram candidatura: Rogério Rosso (PSD-DF), a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do delator do mensalão Roberto Jefferson, e Beto Mansur (PRB-SP), primeiro-secretário da Câmara.
Maranhão foi convencido neste domingo (10) por interlocutores do governo Michel Temer a antecipar a data da eleição, marcada anteriormente por ele para quinta. Ele deve anunciar a mudança após reunião de líderes nesta segunda.
Desde que a corrida pela presidência da Câmara, que estava limitada aos bastidores nas últimas semanas, foi deflagrada oficialmente com a renúncia de Cunha, a data da eleição se transformou em um conflito entre o presidente interino da Casa e líderes partidários.
No mesmo dia da renúncia, Maranhão marcou o pleito para a próxima quinta, mas foi desautorizado pelos líderes partidários, que a anteciparam para terça.
G1