
Quem não se lembra da sua terra natal? Quem não sente saudades dos tempos de outrora, quando criança “curtia” a vida na verdadeira acepção da palavra?
No sábado próximo passado, retornei à minha cidade, de onde há 48 anos, o destino quis que eu partisse em busca da sobrevivência, numa verdadeira batalha com o desconhecido. Desafio enorme. Destino: a “cidade maravilhosa”, onde morei por 15 anos e lá tive formação pessoal, educacional e profissional.
Voltando à minha terra, estive lá a convite do Diretor do jornal “O Farol”, onde este escritoreco preenche um espaço publicando textos sob a ótica “PONTO DE VISTA, UMA ABORDAGEM PESSOAL”, quando foi apresentado O farol na versão Revista em papel. Foi um agradável momento, onde encontrei alguns dos pouquíssimos amigos contemporâneos e matamos a saudade um pouco.
E essa porta? Essa porta dá acesso à sala de aula da Escola Municipal Epitácio Dantas. Todos os dias adentrava a ela, sem antes perfilar-me, com os demais colegas, à frente da mesma, quando eram cantados o Hino Nacional, o da Bandeira e o da Independência.
Visitei o interior da escola. Passou o filme na minha memória. Lembrei-me das “peladas” do recreio. Da professora Amália, por quem tinha um grande respeito e admiração. Ela era muito atenciosa e competente. Soube que ela faleceu recentemente e fiquei um pouco triste. É a vida.
Pois bem! Todo mundo gostaria de fazer uma música, cuja letra retratasse a infância. Ousei fazer isso e consegui compor as linhas abaixo, cujo título dei “Vou voltar pra minha terra”. Sem pretensão de impressionar. Apenas para registrar o meu espírito saudosista, não melancólico e sim prazeroso:
“Vou voltar pra minha terra
Vou morar no pé da serra onde eu nasci e me criei
Vou sentar lá na pracinha
Visitar a igrejinha onde sempre eu rezei
Quero abraçar
Meu velho amigo
Vou caminhar
Pelas ruas sozinho
Rememorar, as trilhas do passado
Cavalgar no serrado
A saudade matar”