Entidade internacional projetou em 3,7% a expansão da economia nacional em 2020; mundo deverá aumentar as riquezas em 6%.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) informou, nesta terça-feira (6), que uma saída para a crise econômica mundial está mais visível e fez um ajuste para cima na projeção de crescimento da economia brasileira para 2021 em meio a incertezas em torno da trajetória da pandemia e da vacinação.
De acordo com o relatório Perspectiva Econômica Global divulgado nesta terça-feira (6), o FMI calcula crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro de 3,7% este ano, 0,1 ponto percentual a mais do que o previsto na estimativa de janeiro. Para 2022, o Fundo manteve a projeção de uma expansão de 2,6% do PIB.
A perspectiva do FMI para o grupo de mercados emergentes e em desenvolvimento, que inclui o Brasil, melhorou em 0,4 ponto percentual para este ano, a um crescimento de 6,7%, mas ficou inalterado em 5,0% para 2022.
O cenário para o Brasil também fica atrás daquele para a América Latina e Caribe como um todo, cujas previsões de crescimento melhoraram a 4,6% (4,1% antes) e 3,1% (2,9% antes) para 2021 e 2022, respectivamente.
“Após forte queda em 2020, apenas uma recuperação leve e de diferentes velocidades é esperada na América Latina e Caribe em 2021”, disse o FMI no relatório. “Graças à recuperação global da manufatura no segundo semestre de 2020, o crescimento superou as expectativas em alguns grandes países exportadores na região”, completou o organismo multilateral, citando Argentina, Brasil e Peru.
Mas o FMI chamou a atenção para o fato de que a maioria dos países da região ainda não garantiu vacinas suficientes para imunizar suas populações. “O cenário de longo prazo continua a depender da trajetória da pandemia”, disse.
A projeção do FMI para o PIB brasileiro em 2021 está acima do estimado pelo Ministério da Economia (+3,2%).
As projeções do FMI mostram ainda que o Brasil deve terminar este ano com uma taxa de desemprego de 14,5%, caindo a 13,2% em 2022. Já as estimativas para os índices de preços ao consumidor estão em respectivamente, 4,6% e 4,0%.
O centro da meta oficial para a inflação no Brasil em 2021 é de 3,75% e para 2022 é de 3,50%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Para as contas externas brasileiras, o FMI calcula déficits em conta corrente de 0,6% e 0,8% do PIB para este ano e o próximo.
Por R7