A líder sindical Margarida Maria Alves, paraibana, natural de Alagoa Grande, pode ser incluída no livro Heróis e heroínas da pátria.
A deputada federal Maria do Rosário, do PT-Rio Grande do Sul, propõe em projeto de lei a inclusão do nome da líder sindical no livro. O relator do projeto é o deputado federal Luiz Couto que se identifica com a luta pelos direitos humanos e relembra a destacada atuação da líder no movimento sindical rural da região de Alagoa Grande, visto que era presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais daquela cidade.
A morte de Margarida ganhou repercussão internacional. Segundo autoridades da época, um pistoleiro foi contratado por proprietários rurais da Várzea da Paraíba, incomodados com o fato de que os trabalhadores rurais estavam sendo conscientizados por Margarida a respeito de direitos, injustiças, e a exploração do trabalho campesino por parte dos proprietários rurais. Ela foi assassinada na frente do marido e de um filho, com tiro de espingarda 12, quando se encontrava, à noite, na calçada da sua residência em Alagoa Grande.
Margarida é reverenciada anualmente por trabalhadores e trabalhadoras, inclusive, a Marcha das Margaridas, tem grande destaque na mídia sulista. Os movimentos sociais reverberam sua voz até hoje. Livros, estudos, seminários, palestras sobre a sindicalista são promovidos todos os anos por sindicatos e universidades no Brasil. Ela é considerada personalidade feminina nas lutas dos trabalhadores rurais e símbolo de resistência ao domínio injusto das classes econômicas poderosas. Meses antes de sua morte, a líder sindical disse uma frase que tornou-se célebre: “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”.