O cachorro é o melhor amigo do homem. Já o papagaio, nem tanto. Um homem que traía a esposa com a empregada doméstica foi denunciado pela ave dedo-dura, que reproduzia os diálogos apaixonados do casal adúltero. O que parece ser um enredo de pornochanchada aconteceu na província de Hawalli, no Kuwait.
A mulher traída, que não teve o nome revelado, já suspeitava que o marido vinha pulando a cerca há algumas semanas. Antes mesmo de o papagaio abrir o bico, as desconfianças já existiam, ficando ainda mais intensas no momento em que ela percebeu que o homem ficava nervoso quando ela chegava mais cedo do trabalho sem avisá-lo. O caso foi revelado pelo jornal “Arab Times”.
A desconfiança da moça ficou ainda mais forte depois que ela começou a escutar o animal da família reproduzir frases de amor. O problema é que, segundo ela, o marido não a tratava de maneira carinhosa há algum tempo, o que reforçou as suspeitas de que algo errado acontecia debaixo do seu nariz – ou do bico da ave.
Ao ligar os pontos da história, a esposa chegou à conclusão de que a amante era a empregada doméstica, que ficava em casa com o marido enquanto ela trabalhava. O cidadão bem que tentou camuflar o affair, mas esqueceu de levar o Louro para longe do ninho de amor.
Confusão
O que seria apenas uma briga de casal quase se transformou em questão judicial. Isso porque no Kuwait, assim como em outros países do oriente médio, o adultério é crime, passível de reclusão.
Irritada com a situação, a moça chamou a polícia e relatou o ocorrido. Disse às autoridades que desejava abrir um processo judicial contra o esposo e afirmou que levaria a ave falastrona ao tribunal, como prova do crime.
A sorte do adúltero – e o azar da moça – é que a Justiça do Kuwait sinalizou que o penoso dedo-duro não poderia ser aceito como prova do crime, já que ela não teria como garantir que as frases picantes ouvidas pelo bicho realmente vieram do marido, e não do rádio ou da televisão, por exemplo.
O amante, portanto, não foi indiciado, apesar do susto. Não se sabe qual será o futuro do casal nem, em caso de divórcio, quem ficará com a guarda do papagaio linguarudo.
Ig