Segundo a Polícia Civil, a investigadora do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) estava na casa em que mora quando atirou em direção ao estacionamento do restaurante em que era realizada a festa de confraternização de uma empresa, no Centro Cívico.
Com o disparo, a convidada perdeu massa encefálica e, desde o crime, está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A vítima corre risco de morte.
Depois do ocorrido, no fim de semana, o advogado da policial civil procurou a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e informou que a cliente iria à polícia. Na segunda-feira (27), ela se apresentou.
Em depoimento, a investigadora contou que efetuou, sim, um disparo, mas que não tinha a intenção de atingir a vítima. Disse ainda que atirou para cima, mas que a bala ricocheteou e atingiu a copeira.
Sobre o motivo de ter disparado, a policial afirmou que o barulho estava incomodando a sua mãe, que está de cama por causa da morte recente do marido, e também outros parentes que estavam na casa.
Depois da perícia e das oitivas das testemunhas, a Polícia Civil concluiu que o disparo partiu mesmo da casa de onde a policial mora.
A investigadora deve responder por tentativa de homicídio em dolo eventual (quando não há a intenção de matar, mas o autor assume o risco). Um procedimento para apurar a transgressão disciplinar da policial também deve ser instaurado na Corregedoria Geral da Polícia Civil.
A policial foi liberada logo depois de prestar depoimento e está à disposição da unidade a qual pertence, fazendo serviços administrativos.
Paralelamente, será aberto um processo administrativo disciplinar através da Corregedoria Geral da Polícia Civil (CGPC) para apurar eventuais responsabilidades da servidora.
A polícial ficará afastada de suas funções exercendo apenas trabalhos administrativos.
A direção da Polícia Civil enfatiza que qualquer ato em desconformidade com as regras de conduta contidas nas leis e no estatuto da Polícia Civil será rigorosamente apurado.”
G1