O estudante universitário Janilson Mororó, da cidade de Tacima, no Curimataú do estado, a 153 km de João Pessoa, usou sua conta no Facebook para comunicar que estava deixando o Encontro de Jovens com Cristo (EJC) por ser homossexual. O pedido para saída teria sido do administrador da paróquia local.
A declaração do jovem tem gerado polêmica nas redes sociais. O estudante escreveu na mensagem que: “Ele [o padre] pediu pra todos aqueles que têm relacionamentos amorosos com outra pessoa do mesmo sexo, se afastassem do EJC. É esse o amor acolhedor que ele prega no altar? Estou me afastando, mas eu sou e sempre serei EJC, querendo ou não!”.
Foto: Janilson comentou o fato nas redes sociais
Créditos:Reprodução/ Facebook
Mororó estava no grupo religioso há quase um ano, mas, segundo ele, o envolvimento com os trabalhos da Igreja vem ocorrendo há muito tempo. “Sempre fui de dentro da Igreja. Ajudava em tudo. Canto no ministério, fui o responsável pela visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida nossa cidade, sempre estive à frente dos trabalhos da festa de nossa padroeira. Vários padres passaram por nossa paróquia e sempre tive bom relacionamento e respeito com todos”, disse.
O pedido de afastamento foi feito durante uma reunião entre o padre e coordenadores do EJC local. O pároco teria comentando que pessoas que têm relacionamentos entre homem com homem e mulher com mulher que se afastassem dos trabalhos do EJC. “Depois disso, decidi me afastar porque não ficaria bem pra imagem do grupo. Aliás, não só eu, mas a maioria do grupo se afastou por conta dessa decisão”, explicou Janilson Mororó.
Ao Portal Correio, o monsenhor José Nicodemos, administrador da Diocese de Guarabira, que coordena a paróquia de Tacima, disse que tudo não passou de um mal entendido e que determinou o retorno do jovem aos trabalhos que vem desenvolvendo na Igreja.
“Fiquei sabendo da história que ocorreu com o jovem Janilson, em Tacima. Os fatos chegaram até ele distorcidos. Determinei que ele retornasse aos trabalhos na paróquia e que nem eu nem o padre temos preconceitos com os homossexuais. Ele foi colhido por todos nós. Não podemos julgar nem condenar ninguém. O rapaz vem desenvolvendo um bom trabalho na Igreja e, além disso, é um bom moço”, falou o monsenhor.
Com correio da PB