Um assunto recorrente é o amor próprio. Vivemos um momento em que se descobriu a necessidade de uma vida independente de outras pessoas. “Você não precisa de ninguém para ser feliz”.
Temos visto e lido muito sobre amor próprio. Também me alinho àqueles que apostam todas as fichas na auto felicidade, tendo no amor próprio a base sólida para se conseguir o estágio da felicidade plena. Não obstante, assumo pacificamente a posição de crítico ferrenho do narcisismo egoísta que ignora certas leis.
Ora, acho desnecessário e redundante bradarmos aos quatro cantos, sobre o amor que devemos devotar a nós mesmos. Se não conhecemos o amor em nós, fica incompreensível o amor ao próximo, pois os dois estágios encontram-se em perfeita simbiose.
Também experimentamos a prática de elevar o amor do amigo a um patamar inalcançável, superando até o amor materno, esse sim, parece ser a origem de tudo. Nada faça para minimizar ou comparar o amor de mãe. Ele é incomparável. Ah! Reclamam da superproteção materna que alguns defendem como um dano irreparável à formação pessoal.
Não! Não tem acordo. Não vamos mexer nessa cláusula. Ela é pétrea, e sendo assim, não podemos mexer. Conto com o consenso imprescindível. Amor de mãe não se barganha; não se compara; não se reprime, nem se critica. Ele não tem defeitos, apesar de alguns quererem mudar essa premissa. Quem ama liberta! Palmas! Concordo. Isso é verdadeiro. Quem ama protege! Isso também é verdadeiro, muito embora suscite vários posicionamentos contrários. Desculpe! Não quero discutir particularidades do amor materno. Para mim ele é impar. Ponto!
As diversas formatações de amor desfilam soltas por aí. Por vezes, enquanto jovens ou adolescentes, abrimos mão do amor educador da mãe. Invariavelmente dispensamos ou nos irritamos com o “amor grude e opressor das nossas mães”. É evidente que precisamos de luz própria, pois as mães, por vezes capricham no zelo e no cuidado, cabendo a nós filtrar as coisas “boas” e aplicar em nossa vida.
O amor de mãe é incondicional. Não tem outro que detenha esse selo de qualidade. Ele é cláusula pétrea de parágrafo único.
Não mexam no amor de mãe. Ele não se confunde com outros sentimentos que por vezes teimamos em chamar inadvertidamente de amor.