
A cidade de Sousa, localizada no Sertão da Paraíba, foi surpreendida hoje, 29, pela manhã, com uma mega operação policial denominada “Mordaça”, que resultou na prisão temporária de sete pessoas, supostamente envolvidas na tentativa de homicídio contra o servidor do SAMU de Sousa, Gervásio Bernardo. Tendo conhecimento desta Mega operação policial, o vereador sousense Cacá Gadelha (PSDB), questionou o incidente que ocorreu com ele, quando teve seu carro queimado em frente de sua residência, no início do mês de julho entre os dias 08 e 09 deste ano.
O vereador Cacá Gadelha, a época, recebeu solidariedade de diversas entidades e do povo de Sousa. “Até o momento esse crime está impune, ninguém disse quem o cometeu. Esse caso, até pela relevância de meu pai, de seu nome, que foi prefeito e sempre serviu como médico que ele é a nossa cidade, o estado tem o dever de elucidar esse fato, esse crime cometido contra nós”, declarou Cacá Gadelha.
O vereador Cacá Gadelha é filho do médico Cozinho Gadelha, que foi prefeito de Sousa, foi deputado estadual e secretário de estado. No dia do crime, estavam na residência do vereador o pai dele, Dr. Cozinho Gadelha, com 76 anos e seu filho de apenas seis anos de idade. “Por pouco esse fogo que foi ateado em meu carro, não pegou fogo em nossa residência e nas residências vizinhas”, destacou o vereador.
Com a operação MORDAÇA ocorrida hoje em Sousa, a sociedade pede, por parte da policia, que o caso do vereador Cacá Gadelha, que teve seu carro ateado fogo, seja também elucidado com urgência, já que foi um fato criminoso ocorrido há vários meses. “Desde julho que esse fato aconteceu comigo, um fato de repercussão estadual, mas que até o momento a polícia não esclareceu quem foram os marginais, criminosos que cometeram isso comigo”, questionou o vereador.
Veja na íntegra o que disse o vereador Cacá Gadelha:
“SERIA O CANGAÇO?
Sousa sempre fora conhecida pelo seu povo ordeiro e feliz. O clima de violência instaurado, no entanto, vem afastando o sorriso de seus habitantes.
Como se não bastassem os crimes de furto, roubo etc que vem atingindo o país inteiro, muitos sendo reflexos da falta de educação e da crise financeira; em Sousa ainda temos a barbárie de imposição de poder pelo uso da força bruta.
Seria a volta do cangaço? Não! Desonraríamos o cangaço ao tecermos tal comparação. Acreditem: É bem pior! Os cangaceiros tinham suas próprias leis, e viviam sobre condições adversas. O que vem se instalando aqui é algo desordenado, não segue regras, não tem limites, nem tampouco adversidades.
Sousa não pode substituir seu sorriso pelo medo dos atentados, das tentativas de intimidações, que vem sendo lugar comum em nosso lugar deveras especial.
Deflagrada a Operação Mordaça por nossas Polícias Civil e Militar, a esperança de vermos coibidos esses desmandos primitivos dos que não sabem fazer uso da palavra e da honestidade, me tranquiliza em parte.
Como sabem, em julho deste ano, eu e minha família fomos surpreendidos por fogo em nossa casa – nada mais primitivo.
Quatro meses sem respostas. Quatro meses de aflições. São quatro meses de espera.
Parabenizo nossos verdadeiros heróis da Polícia, ao tempo em que peço um desfecho para o atentado que sofremos. Não existe atentado maior que a impunidade. Que seja feita Justiça”.
Da redação