
A reprovação das contas do governador João Azevêdo (PSB), referente ao exercício de 2019, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), repercutiu entre os deputados que integram a bancada do governo e da oposição, nesta terça-feira (03), na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). Os deputados comentaram o fato do pleno ter rejeitado as contas por conta dos codificados que eram mantidos na estrutura do Estado no ano em análise.
O primeiro a falar foi o deputado João Gonçalves (PSB) que destacou as ações do Executivo para solucionar os problemas apontados pela corte de contas. “O governo acabou com os codificados e aproveitam para fazer entendimento técnico jurídico diferente, desproporcional e desigual. Então fica aqui esse lembrete, que deverá fazer recurso para mostrar que não houve dolo, nem nada de errado. O que houve foi um julgamento diferenciado”, criticou o parlamentar.
Pela oposição, quem subiu à tributa para comentar o resultado da sessão foi o deputado Cabo Gilberto. “Mais uma vez a oposição da Assembleia Legislativa estava correta”, disse o líder da bancada ao fazer críticas ao governo estadual e cobrar quer a Casa vote as contas do ex-governador Ricardo Coutinho (PT).
Também em defesa do governo, o deputado Tião Gomes lembrou que ter as contas reprovadas não é novidade entre os gestores paraibanos. “Estou aqui há 31 anos. Todos governadores tiveram contas reprovadas. Cássio (Cunha Lima) teve várias. Quem regra é a Casa, não podemos no momento reclamar ou julgar, somos 36 inteligências, vamos julgar dentro dos parâmetros”, disse o parlamentar.
Em resposta ao Cabo Gilberto, Tião afirmou que as contas de Ricardo Coutinho tramitam na ALPB e que o texto será votado ainda este ano pelos parlamentares.
O deputado Raniery Paulino (Republicanos) também comentou a decisão do TCE e avaliou que o governo vai encaminhar a defesa. “Existe em curso uma extinção dos codificados. O governo João acabou com as organizações sociais que todos sabem que o que fizeram na Paraíba não foi bom. Acredito que o governo está preparando seus argumentos e o que está fazendo para acabar com esta prática”, disse.
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