
“Vemos, por exemplo, o quão rapidamente aqueles entre nós com status de estrangeiro, um imigrante, ou um refugiado, se tornam uma ameaça, assumem o status de inimigo. Um inimigo porque vem de um país distante, ou tem costumes diferentes”, disse.
Entre os novos cardeais está o arcebispo de Indianápolis, Joseph Tobin, que desafiou o governador de Indiana, Mike Pence, ao receber refugiados sírios. Em janeiro, Tobin vai se tornar arcebispo de Newark, em Nova Jérsei, enquanto Pence vai tomar posse como vice-presidente dos Estados Unidos.
Outro novo cardeal, o arcebispo italiano Mario Zenari, é o enviado do papa para a Síria. O padre albanês Ernest Simoni, de 88 anos, conhece de perto o sofrimento causado pelo ódio. Durante o regime comunista, Simoni passou 18 anos na prisão por causa de sua fé. Cardeais geralmente já são bispos, mas o papa Francisco decidiu conceder a honra a Simoni, um simples padre. Quando o papa visitou a Albânia, em 2014, se emocionou quando Simoni lhe contou como fora perseguido.
O brasileiro Dom Sergio da Rocha, atual arcebispo de Brasília, é um dos 17 novos cardeais. Treze deles têm menos de 80 anos e, portanto, são aptos para participar do conclave para a escolha do próximo papa.
AP