A Paraíba tem atualmente cerca de 12 mil presos em 74 unidades penitenciárias na Paraíba que têm apenas 5.200 vagas. A informação é do secretário de Administração Penitenciária do Estado, Wagner Dorta, durante entrevista ao Correio Debate desta segunda-feira (16), na Rede Correio Sat. Cada preso custa R$ 2,4 mil por mês aos cofres públicos.
Com todos os órgãos de Segurança em situação de alerta contra rebeliões, ele disse que a Paraíba não está imune a um problema como esse por conta dos problemas entre facções, da superlotação e precariedade dos presídios. “O déficit carcerário é em todo o Brasil, onde há 650 mil presos em unidades quem cabem 350 mil. [Na Paraíba] os presídios são antigos”, disse.
Sobre os custos que o Estado arca para manter cada preso, mesmo sendo altos para tanta precariedade, Dorta explicou que eles compõem um Custo Efetivo Total (CET) que inclui alimentação, remuneração de agentes e toda a estrutura necessária para manter os detentos.
Quanto à situação dos agentes, ele disse que há 1.800 em todos os presídios, o que permite uma média de seis agentes por preso no estado e, segundo Dorta, é uma das melhores médias do Brasil. “A situação de agentes pelo Brasil é bem pior. Há estados com números baixos”, explicou, defendendo a gestão do governador Ricardo Coutinho (PSB) na contratação de concursados.
Dorta seguiu para Brasília onde se reúne nesta terça (17) com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e com secretários de Administração Penitenciária do país para discutir a situação carcerária. Ele falou que a Paraíba terá R$ 44,7 milhões para construir novos presídios em Campina Grande e João Pessoa, mas não deu detalhes dos projetos sobre essas novas unidades.
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