Um dos suspeitos foi preso no fim de semana, por outro crime. Ambos os suspeitos trabalham para parente de Expedito e teriam pego emprestado a moto usada no crime no dia do homicídio.
Delegado Vitor Melo (à direita, com máscara preta), detalhou investigações da morte de Expedito Pereira — Foto: Antônio Vieira/TV Cabo Branc
O ex-prefeito foi morto após ser baleado na manhã de quarta-feira em João Pessoa. Expedito andava sozinho pelo bairro de Manaíra quando um homem em uma moto se aproximou e atirou nele, fugindo em seguida. A moto que teria sido usada no crime foi localizada e apreendida no sábado.
Segundo o delegado, a identificação dos suspeitos foi feita a partir da apreensão do veículo, que foi possível ser identificado a partir das imagens das câmeras de seguranças da região.
“Com a identificação do veículo, os investigadores chegaram até a residência do dono da moto. Ele foi encontrado na casa e a moto foi apreendida. O dono foi até a delegacia para depor e ficou claro que ele não estava com a moto na hora do fato, pois ele mostrou que havia emprestado a moto para duas pessoas no dia do crime”, disse Vitor.
Ainda no sábado, a polícia conseguiu identificar essas duas pessoas. Uma delas foi presa em Bayeux pois estava com um mandado de prisão por estelionato em aberto. O segundo suspeito não estava em casa quando a polícia foi até o local, mas segundo o delegado, a esposa dele foi ouvida, confirmou que ele esteve com a moto e disse que ele vai se apresentar na delegacia, com um advogado, ainda esta semana.
“O primeiro suspeito foi interrogado e confirmou que pegou a moto, mas ainda está nebuloso para quem ele entregou a moto depois. O fato é que estes dois suspeitos estavam com a moto no dia do crime. O que precisa ser identificado agora é se eram eles quem estavam no momento da execução ou se uma outra pessoa foi o executor”, disse Vitor.
Ainda segundo o delegado, no dia do crime a polícia apreendeu a camisa da pessoa que atirou em Expedito. Após fugir do local do homicídio, o motociclista tirou a camisa e jogou na rua. Os policiais apreenderam a roupa, que vai passar por perícia para recolhimento de possível material genético.
A polícia não informou quem é ou qual o grau de parentesco da pessoa da família de Expedito Pereira que é investigada, mas segundo o delegado, ela tem relação trabalhista com os dois suspeitos que foram identificados.
“O que temos hoje, de prova, confirmado pelo suspeito que está preso e pela esposa do outro, é que os dois trabalham com, ou são funcionários de, um parente de Expedito. Isso está nos autos. Se esse parente tem envolvimento com o crime, é uma segunda etapa da investigação”, concluiu Vitor.
Por G1 PB