O presidente da Fundação Estadual da Criança e do Adolescente da Paraíba (Fundac), Noaldo Belo de Meireles afirmou nesta segunda-feira (5) que o Juizado da Vara da Infância e da Juventude de Campina Grande já sabia de toda a problemática relacionada a superlotação do Lar do Garoto no município de Lagoa Seca. Este final semana o local foi palco de uma rebelião que terminou com sete internos assassinados e fuga de outros.
Durante entrevista ao Programa Rádio Verdade do Sistema Arapuan de Comunicação desta segunda-feira (5) o presidente da Fundac afirmou que mandou mensagem para o juiz relatando a sua preocupação com a superlotação na unidade prisional e ao mesmo tempo sugerindo que o Poder Judiciário realizasse uma ‘força tarefa’, para conceder liberdade a alguns internos.
Noaldo Meireles informou que dos 198 internos cerca de 50 estão em condições de ganhar a liberdade. “ Estamos concluindo mais um relatório de avaliação que será enviado ao Poder Judiciário informando a situação de cada interno para que as providências sejam tomadas”, afirmou o presidente da Fundac ao destacar que o judiciário tem que assumir o seu papel porque o Governo está cumprindo a sua parte e nunca foi omisso em nada.
Ele afirmou que durante esse período de São João a situação se complica ainda mais uma vez que muitos adolescentes são apreendidos em cidades de região e levados para o Lar do Garoto que já se encontra superlotado. “Esses adolescentes que estão prontos para ganhar a liberdade, quando não saem de maneira legal, procuram outros meios e usam da força e da violência como aconteceu neste final de semana”, disse Noaldo.
O presidente da Fundac deixou claro que no Lar do Garoto não existe briga de facções como acontecem nos presídios de João Pessoa. “ A rivalidade é entre eles mesmos e muitas vezes por causa até de uma discussão durante uma partida de futebol que acaba em desavença mais séria e quando isso acontece a gente toma todas providências para evitar que o pior aconteça”, finalizou.
Com paraiba.com.br