Roberto Assis confirmou o que há tempos já se esperava: Ronaldinho Gaúcho não jogará mais como profissional. Afastado desde 2015 das partidas oficiais, o craque encerra a carreira aos 37 anos como um dos melhores das últimas décadas e com um currículo invejável. No entanto, o agora ex-jogador também deixa um gosto de “quero mais” ao torcedor.
Ronaldinho fez história no Barcelona recolocando a equipe no topo da Europa com o título da Champions League e do Campeonato Espanhol. O meia foi inquestionavelmente um dos maiores jogadores das últimas décadas, mas se aposenta deixando o torcedor brasileiro com a sensação de que o seu auge poderia ter durado mais tempo.
Na Seleção Brasileira conquistou o título Mundial em 2002 quando era ainda um dos coadjuvantes. Em 2006, quando estava no auge de sua carreira no Barça não conseguiu mostrar todo o seu futebol ao lado de outros craques como Kaká, Ronaldo e Adriano. O Brasil foi eliminado pela França e Ronaldinho esteve longe de mostrar o mesmo futebol do Barça. Em 2010, quando já estava no Milan e com 31 anos, também não conseguiu se destacar na Seleção de Dunga na África do Sul.
Já em 2014, quando atuava pelo Querétaro do México, foi sequer convocado. O Mundial poderia ser o último do jogador que havia completado 34 anos, podendo ajudar a canarinho ao menos com sua experiência em alguns minutos em campo, mesmo sem atuar como titular. No entanto, o meia já dava sinais que entrava na reta final da carreira e apesar de fisicamente nunca ter tido grandes lesões, já não apresentava boas condições para jogar em alto nível.
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A queda de rendimento do brasileiro foi notória desde a saída sua saída do Barcelona em 2008. No Milan, Ronaldinho nunca conseguiu manter uma constância de bons jogos, apesar de ter conseguido conquistar um título nacional com o clube. No retorno ao Brasil, onde a qualidade técnica é inferior a Europa, Ronaldinho se deu um pouco melhor e conseguiu títulos importantes com o Atlético Mineiro.
O título da Libertadores foi a última chama do meia que acabou indo para o futebol mexicano em busca de novos desafios. Campeão por onde passou e de praticamente tudo, Ronaldinho já não mostrava a mesma motivação dos tempos de Barcelona. Jogando por diversão, o brasileiro seguiu a sua caminhada no México como jogador consagrado e teve um breve retorno ao Brasil, disputando apenas 9 jogos pelo Fluminense antes de paralisar a carreira em 2015.
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Ronaldinho encerra a carreira com a sensação de que poderia dar mais ao futebol, com muitos acreditando que o brasileiro tinha potencial para competir ou ser ainda melhor que Messi e Cristiano Ronaldo após a sua saída do Barcelona em 2008. O agora ex-meia se aposenta deixando uma sensação de que se quisesse poderia ter deslumbrado ainda mais o torcedor com dribles, passes e gols por mais alguns anos.
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Ronaldinho Gaúcho se aposenta oficialmente em 2018 como um dos melhores da história, mas assim como Garrincha, deixa um gosto de que poderia ser ainda maior.
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