Os gestores admitiram queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e por isso eles precisam promover cortes em despesas chegando a recorrer a demissões para colocar as finanças em dia.
O prefeito de Bom Jesus, Roberto Bayma (PSD) afirmou que a crise é de dimensões incalculáveis, “um verdadeiro caos”. Ele revelou ainda que já está completando um mês de atraso no pagamento da folha de funcionários e quer um aporte do governo federal em novembro.
“Pedimos uma ajuda financeira como foi feito no período com Dilma Rousseff (PT) com 1% a mais para que possamos cumprir nossa folha na totalidade. Se isso não acontecer, vamos acabar o ano com um ou dois meses de atraso”, reclamou.
Em Cruz do Espírito Santo, o prefeito Pedrito (PSD) disse que a situação no Município é muito ruim e terá que promover cortes para tentar honrar os compromissos em dia. Pedrito disse que até o momento já demitiu 160 pessoas e só conseguirá pagar o salário dos cargos comissionados do mês de agosto nesta terça-feira (24).
“Se for pra tirar os contratados, que são os professores e o pessoal que dá apoio nas escolas, vai ter parar, e se for pra parar é melhor fechar as portas, como aconteceu em prefeituras do estado de Alagoas”, alertou.
O prefeito de Pilar, Benício Neto (PSB), disse que a situação na cidade é muito preocupante. Ele revelou que por conta dos descontos feitos nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a prefeitura só recebeu até o momento R$ 6 mil.
“Estamos caminhando para o colapso financeiro, com o atraso da folha e dos fornecedores, por isso estamos apelando para que essa ajuda chegue o mais rápido possível”, afirmou.
Marília Domingues