Pelo menos seis pessoas morreram no sul da Alemanha por causa das inundações provocadas pelo forte temporal que castigou a região na última quarta-feira, elevando para 12 o total de vítimas na Europa desde o último fim de semana.
A polícia do Estado da Baviera informou que encontrou na noite de quinta-feira o corpo de um homem, de 65 anos, em Simbach, onde antes já havia encontrado outras quatro vítimas. Na cidade vizinha de Julbach, as equipes de resgate acharam o corpo de uma mulher de 80 anos.
As autoridades continuam procurando um casal de aposentados que desapareceu na região e começam a realizar os trabalhos de limpeza das cidades. “O mais importante hoje é restabelecer amplamente o fornecimento de água potável e a rede de estradas”, declarou nesta sexta-feira uma porta-voz do distrito de Rottal-Inn.
Até as últimas horas da tarde de ontem, as autoridades conseguiram restabelecer o fornecimento de energia elétrica nas localidades mais afetadas pelas enchentes no sul do país. As fortes chuvas já pararam de cair na Alemanha, o que, de certa forma, não facilita a limpeza das ruas. “O problema é que precisamos tirar o barro rapidamente. Quando ele já está seco, fica duro como uma pedra”, explicou um porta-voz da Defesa Civil.
Na França, duas pessoas já morreram nos últimos dias devido às inundações. De acordo com o jornal The Guardian, uma mulher de 86 anos foi encontrada em sua casa alagada em Souppes-sur-Loing, no centro do país, e um homem faleceu após ser levado pela correnteza de um rio que estava transbordando, próximo a Paris. O ministro francês do meio-ambiente, Ségolène Royal, disse temer que mais corpos sejam encontrados à medida que as águas recuarem.
Devido à cheia do rio Sena, os principais museus da capital francesa, como o Louvre e o Musée d’Orsay, precisaram ser evacuados e fechados ao público para proteger as obras de arte. Ambos possuem planos detalhados para proteger os acervos em caso de emergências meteorógicas: no Louvre, é possível guardar todas as obras em segurança nos porões em menos de 72 horas e no d’Orsay em 96 horas.
EFE