O placar de 450 x 10 não cabe comentários, foi acachapante. Não diria que se fez justiça porque os senhores “juízes” não fazem justiça a ninguém. Agem sempre em causa própria ou de outrem da sua arena. Não fosse ano de eleições, estaria o Senhor Cunha livre como um passarinho, aproveitando-se de condição “usufrutuário” de possíveis investimentos no exterior.
Como é cínico esse cidadão! Sinceramente não desejo mal a ninguém e isso o inclui, mas a sua prisão é iminente, pois com a perda do maldito foro privilegiado, os seus processos irão aterrissar nas mãos do competentíssimo Juiz Moro. E aí não tem atos protelatórios, marca patente da nossa Corte Suprema. Sob os seus domínios não pairam ministros partidários, que descaradamente se posicionam em favor desse ou daquele bandido de colarinho branco, como que devidamente orquestrados por um grande maestro, que não se constrangem em tomar partido em defesa desse ou daquele malfeitor. Que uma eventual prisão desse senhor tenha um efeito moralizador para a nossa classe de homens públicos.
Estava lá formado o picadeiro outra vez. Um juri formado por uma legião de comprometidos com a justiça, e que provavelmente se sentarão no banco dos réus. Tudo é uma questão de tempo, pois esperando que não aconteça o que tememos: o grande acordão para livrar a cara do clã político, nefasto em sua essência.
Temos de admitir: o Cunha é mestre na arte de manipular interesses. Sabe-se que a folha de pagamento da corrupção do império Cunha contava com duzentos e sessenta integrantes aproximadamente. Tem muita gente mamando em nossas “tetas”. A “vaca brasil” é gado de excepcional linhagem.
O Brasil amanheceu sorrindo. Valeu a pena a vigília, afinal o pronunciamento do resultado dá-nos a certeza que não existe mais lugar para engenharias financeiras que tentam burlar o fisco, e com isso materializar o roubo do bolo tributário que tem o pressuposto de retorno à sociedade em forma de benefícios sociais e melhorias das nossas estruturas.
No ar o tom ameaçador. Não teremos delação premiada. Isso foi o que o cassado disse: “delação é coisa de bandido”. Que pena que resolveu se santificar logo agora, quando vislumbrávamos uma enxurrada de entregas traiçoeiras, que poderiam se transformar em prisões de usurpadores das nossas riquezas. Nada obstante, temos uma esperança. A se concretizar a ideia vingativa de escrever um livro e contar todo, manifestação expressa ontem pelo ex-deputado, teremos alguns figurões políticos a desfilar na berlinda, mesmo que as forças do mal atuem para minimizar os efeitos de uma denúncia através da literatura. Espero ansioso a publicação da “verdade” do Cunha. Também espero que a partir disso, possamos extrair algo de positivo do alfarrábio do usufrutuário de truste. Que ridículo! Tirou sarro da cara de todo mundo, mas se deu mal. O povo (sim, o povo) não é mais besta.
Outro dia “adeus querida”. Ontem, “adeus querido”. Esperamos muitos “adeuses” pela frente, isso se as “forças do mal” não atrapalharem as ações do Ministério Público, da Polícia Federal e do emblemático Sérgio Moro.
Não vamos nos deitar em berço esplêndido. Ficaremos atentos aos desdobramentos vindouros.