O presidente Michel Temer reuniu na tarde desta quarta-feira (2) ministros e assessores no Palávio do Planalto para assistir à sessão da Câmara destinada à votação da denúncia por corrupção passiva contra ele.
Um dos ministros que estiveram no gabinete de Temer para acompanhar a sessão foi Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil. Ele é o responsável por consolidar os mapas da votação elaborados por deputados da base.
Confiante que conseguirá a vitória em plenário, o presidente prepara desde cedo um pronunciamento, segundo a colunista do G1 Andréia Sadi. O cerimonial do Planalto já preparou o Salão Leste para que o presidente fale após a votação.
Temer discutiu com ministros e assessores o tom da fala. O G1 e a TV Globo apuraram que o presidente almoçou com Padilha, Moreira Franco (Secretaria-Geral), o porta-voz Alexandre Parola, o secretário de Comunicação Social, Márcio Freitas, o secretário de Imprensa, Luciano Suassuna e o marqueteiro Elsinho Mouco.
Agenda de Temer
O presidente concentrou a agenda oficial em audiências com deputados indecisos ou que não abriram o voto nas enquetes feitas por sites e jornais.
A agenda oficial divulgada pela assessoria da Presidência registrou audiências com quatro ministros – Padilha, Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia), Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento) –, dois governadores (RN e TO) e 18 deputados – o Planalto informou 19, porém um deles não participou do encontro.
Do grupo de deputados, 11 não anteciparam a posição na votação à imprensa e dois se declararam indecisos, entre os quais, Zé Silva (SD-MG). O deputado solicitou a audiência, que acabou tendo a presença da equipe econômica do governo.
A relação de parlamentares que estiveram com o presidente tem nove deputadas. “Ninguém discutiu votos, foi uma audiência rápida, apenas para dar um abraço no presidente”, disse ao G1 a deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), presente no encontro.
O presidente da República foi denunciado em junho por corrupção passiva pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A Câmara discute nesta quarta se autoriza o Supremo Tribunal Federal (STF) a apreciar a acusação, o que exige os votos de, ao menos, 342 dos 513 deputados.
Com o auxílio de deputados da base, o governo atualizou os mapas da votação, que indicam que Temer terá os votos necessários para barrar a denúncia. A articulação do Planalto também envolveu a exoneração de 10 dos 12 ministros que são deputados.
As exceções foram Ricardo Barros (Saúde) e Raul Jungmann (Defesa), com alegação de que tinham agendas nas pastas.
Na terça-feira (1º), Temer investiu com conversas com parlamentares. Ele participou de um almoço com ruralistas e de um jantar oferecido pelo peemedebista Fábio Ramalho (MG). A agenda ainda teve encontros com 31 deputados, além da bancada feminina da base aliada na Câmara.
Fonte: G1