No discorrer do presente escrito, procurarei fugir de influências religiosas e dogmáticas, buscando uma reflexão do homem mais conhecido e místico que a humanidade dá conta. O Cristo, relativamente novo em comparação com o orbe, tem penetração em quase todo mundo. Digo quase, porque já tive o convívio com um colega Chinês, e ele sempre me fazia a seguinte pergunta: “Zé Ricardo, o que é Jesus”? Lucas não saber! De início, estranhei a pergunta porque sempre achei que o personagem Jesus era conhecido mundialmente, porém tive que me dobrar a uma constatação: o símbolo do cristianismo é muito mais novo de que àquele país asiático, de cultura e civilização milenar (mais de dez mil anos), que reverencia outro líder religioso, pouco enaltecido por nossas bandas.
O Rei dos Judeus, o Cristo, o centro das atenções cristãs, realmente é o personagem mais popular (não sei se o mais adorado) do mundo, não obstante visão adversa de um dos integrantes do grupo formado pelos garotos de Liverpool, que chamaram para si, de maneira narcisista, as atenções dos holofotes da popularidade terrestre, afirmando serem mais populares do que Jesus Cristo.
Uns defendem tratar-se do próprio Deus encarnado, outros advogam que o mesmo é o filho do Divino, planejadamente enviado para salvar a humanidade dos pecados distribuídos fartamente no solo desajustado com os preceitos religiosos, submetendo-o a uma verdadeira brutalidade e à execração pública, para daí sobressair a sua autoridade (ideia básica do livro JESUS, a dor e a origem de sua autoridade, de autoria de PAIVA NETO).
Recentemente assisti a fala de um determinado jovem apresentador de TV, onde ele conclamava a todos a falarem de Jesus, explicar as suas façanhas, o seu poder, e notei uma plateia de celebridades artísticas atônita, sem como não entender a coragem do jovem apresentador de falar do Cristo Jesus. Isso porque a nossa sociedade tem um tabu: mesmo os adeptos de Cristo não se sentem à vontade para enaltecer o Grande Mestre como fazem com artistas da TV, da música e do futebol, sem falar de personalidades internacionais, como que a esbanjar conhecimento e cultura geral. Imagina invocar o nome de Cristo ao vivo para milhões de brasileiros! “Deus me livre!”. “Vão me interpretar como um tolo religioso e isso eu não acho legal”.
Quero acreditar que isso acontece porque a própria sociedade oprime sentimentos. Ela, nos seus vários estágios do modismo, tende a seguir uma maioria conceitual, e aí quem fugir do diapasão dominante pode ser tachado de dinossauro humano, estigma não simpático a ninguém.
A história de Jesus é atraente. Até discute-se quem foi ele. Um profeta, o Messias, um semeador de discórdias? O Jesus histórico precisa ser desmistificado. Quem o matou ou mandou matar? Porque ele incomodou tanto? Seus algozes foram só os romanos ou tem o dedo de autoridades judaicas no destino sofrível do Nazareno?
Se não quisermos usar os ensinamentos deixados pelo Redentor, imbuídos do espírito religioso, porque não o fazemos de maneira a aproveitar o perfil de líder que detinha o Grande Mestre? Sim, podemos apreciar o rico conteúdo de ensinamentos de Jesus sem que precisemos usar uma religião ou argumentos radicais acerca de nossas crenças.
A história desse líder é rica de ensinamentos para o desenvolvimento humano, profissional e espiritual. Sua história e sua essência estão aí para o uso e abuso dos interessados. Vale muito a pena. Não tenhamos vergonha de falar de JESUS.
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