É dado o momento de muita calma e responsabilidade para lidar com o inimigo número um do Brasil: a ignorância sistêmica ideológica, retratada no movimento fascista ensaiado por extremistas de direita, que usam as armas de entidades obscuras como Ku Klux Klan e costumes de figuras satânicas como Mussolini, Hitler, Pinochet, Stroessner, dentre outros ditadores sanguinários.
Esse movimento sombrio, que tem a participação de maus empresários, de militantes criminosos, ávidos pelo neoliberalismo escravizante, também goza da simpatia de parte da sociedade, hoje representada por “bolsonaristas raiz”, doentes em sua formação, e outras figuras de passado esquerdista, militantes ferrenhos que se decepcionaram sabe-se lá porquê. Com a corrupção não foi, pois o cenário de hoje não mudou nenhuma vírgula daqueles que eles refutavam, haja vista as rachadinhas, aparelhamento estatal, acordos espúrios com o Centrão, no famoso “é dando que se recebe”. Bom, isso eles resolvem. Estão desmoralizados nesse particular.
A sabotagem escancarada às medidas da OMS e dos órgãos sanitárias comandada pelo Presidente Bolsonaro, que de modo irresponsável incentiva os seus seguidores a irem às ruas pedir o fechamento do Congresso e do STF, cria um monopólio de protestadores, porquanto a outra parte se sente impedida de revidar devido aos cuidados que devemos ter com a pandemia que tem causado tantos transtornos para nós. Desonesta atitude do bolsonarismo, entendida como ação deliberada do Presidente para provocar o caos e justificar o uso das Forças Armadas, tentado uma fundamentação ridícula e impertinente do uso o Art. 142, da Constituição Federal, num entendimento tosco e descabido. Aliás, aqui fazemos um parêntese para defender que as Forças Armadas, através dos seus comandantes, venham a público para desencorajar a esses meliantes a continuarem insinuando uma parceria de repressão quando a medida não cabe. Em ficando calada, ela, as Forças Armadas, tutela esses absurdos proferidos pelo Presidente e até pelos seus perniciosos filhos, que interferem de forma incisiva nos destinos do nosso país, sob o olhar inerte dos demais poderes da República. Não acreditamos que vá prosperar esse desejo insano. Seria o fim da nossa sociedade.
A sociedade precisa utilizar os meios legais cabíveis para impedir a ação desses meliantes que flertam diariamente com a barbárie neofascista.
O aparelhamento estatal é o último ato do Presidente, que desmantela toda a sua postura de paladino da moralidade, quando condenava à forca, membros de governos anteriores que se utilizavam dessa prática. Inseriu-se no mesmo saco o Presidente fanfarrão. Sua postura recalcitrante coloca seus idólatras renitentes em uma tremenda saia justa, porquanto não tem mais como defender a bandeira da anticorrupção, da moralidade, da política do “toma lá dá cá”, entre outras mentiras deslavadas do capitão de passado turbulento para angariar a simpatia de parte da população que insiste em permanecer em delírios alucinantes defendendo o que há de mais podre nos porões da República contaminada pelo vírus da insensatez e do desequilíbrio.
A sociedade deve agir com responsabilidade, evitando confrontos violentos com os sádicos fascistas. Devemos entender o papel da polícia e não ficarmos contra ela, pois é seu papel manter a ordem. Ações violentas contra policiais em serviço só servem para alimentar o plano diabólico do fascismo para instalar o caos.
Temos outros meios de pressão e protesto, a exemplo de cobrar dos nossos representantes uma postura democrática e que as instituições democráticas como o Congresso e o STF cumpram com suas prerrogativas não se curvando diante dos verdadeiros inimigos da Pátria: esses fascitóides loucos que têm tirado o nosso sono.
Pressão deve ser feita junto ao Rodrigo Maia para que deixe essa postura de fraqueza e defenda o Brasil de malfeitores que deliberadamente têm um plano em curso para eliminar a democracia do nosso território. Não merecemos retornar à escuridão da ditadura e para isso devemos lutar com as armas da sensatez e da democracia para expurgar os inimigos do nosso entorno.
Noticiários da imprensa oficial dão conta da posição de centenas de membros do Ministério Público federal – MPF no sentido de arrostar a aparente inércia do Procurador Geral da República, o Sr. Aras, no cumprimento de suas atribuições como agente independente e isento do nosso ordenamento jurídico, o que não está acontecendo, até agora, pelo menos. Isso é de domínio público e não sou eu que estou dizendo, mas concordo.
Vamos nos reportar ao movimento das “Diretas JÁ”, a deslocação que respalda o orgulho de ser brasileiro, ainda. A união de todas as alas do pensamento político deve ser a premissa básica para a nossa defesa do ideal fascista, essa doença secular e repugnante.
Muita calma nessa hora. Não vamos dar combustível ao inimigo.
“A habilidade suprema não consiste em ganhar cem batalhas, mas sim em vencer o inimigo sem combater.”
(SUN TZU – A Arte da Guerra.)