O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Hervázio Bezerra (PSB), comentou em entrevista ao Sistema Arapuan de Comunicação, nesta quarta-feira (25), que apesar de acreditar na máxima de que na política tudo é possível, não vê uma união possível entre os senadores José Maranhão (PMDB) e Cássio Cunha Lima (PSDB). “Maranhistas não perdoam cassistas e vice-versa”, disse.
Hervázio afirmou que pelo fato dos políticos serem senadores e trabalharem juntos, faz com que eles se aproximem de forma educada e civilizada porque são pessoas públicas, mas que a aproximação deve acabar por aí.
“Acompanhei e vivi todo o episódio do Campestre Clube*. Era à época filiado ao PMDB e vivi intensamente”, afirmou ratificando a “desconfiança mútua entre os dois”.
*Tendo começado sua carreira política pela via parlamentar, Maranhão tomou gosto pelo Executivo ao assumir o governo com a morte de Antônio Mariz, de quem foi vice, já em 1994. Em 98, invocando o direito à “candidatura natural”, Maranhão praticamente impôs seu nome ao partido. Foi essa atitude que levou a um rompimento entre os Cunha Lima e o esquema maranhista. Em função de tal comportamento foi que se verificou o incidente no Campestre Clube e, na sequência, os Cunha Lima, forçados por lei a permanecer no PMDB, “cristianizaram” a postulação de Maranhão, torcendo pela candidatura de Gilvan Freire, que surgia quase que como símbolo de protesto dentro do PSB e que acabou enfrentando uma derrota acachapante, embalada pela falta de recursos para se contrapor ao rolo compressor que José Maranhão enfeixava.
Marília Domingues/ Fernando Braz