No Brasil, quando queremos incutir uma ideia, apelamos pra tudo. O tema “Escola sem Partido”, que se encontra em discussão face ao PL do Senador Magno Malta, é de tal importância para a educação no País, que deveria ter um pouco mais de cuidado por parte de quem cuida do assunto, porque senão teremos ideologias engolindo ideologias.
O próprio título escolhido para a questão já é, por sí, tendenciosa. Clarividente que a escola não deve e nem pode ter partido. Agora, querer excluir a política do meio acadêmico e tolher o professor em sua idealização e posicionamento, é de uma ausência de bom senso tamanha que merece, ao mínimo, uma melhor discussão.
É na escola sim que adquirimos capacidade crítica. Se lá não nos disponibilizam ferramentas e condições de um aprofundamento de temas políticos e ideológicos, aí meu caro, pra que escola?
O que não podemos aceitar são posturas política partidária e ideológicas com a imposição de pensamento unilateral sem que outros pensamentos estejam presentes e possam replicar.
E o professor coitado! Esse sempre relegado a segundo plano. Pagam-lhe misérias, submete-os aos caprichos de pais e alunos tresloucados e agora querem lhe impor uma maldita mordaça, onde ao pronunciar uma palavra em sala de aula precisa se auto monitorar para não cair em desgraça.
O pensamento da Lei proposta impõe outros deveres latos, além do dever de formar todos os segmentos profissionais pelas parcas bagatelas que percebe.
Já sei como escolher o meu próximo presidente. Nada de ditador, moralista, fanfarrão, populista, capitalista, neoliberal, anarquista. Nada disso. Eu quero é um educador. Se não aparecer ninguém com esse perfil, estou decidido em voltar em alguém que todos conhecem: Nulo. Dirão, é burrice votar nulo. Concordo com você que pensa assim, mas vai ser assim que vou vota. Deixe-me com a minha convicta burrice.